quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Sonho de Anjo


Criaturas da noite

Vocês podem voar como eu?

Sua voz é como as ondas

Seu ódio é como o mar

Criaturas das noite

Vocês podem voar comigo?

A noite eterna virá

Para os que caem com o sol

A noite eterna virá

Para os que se vão com o sol

Criaturas da noite, vocês podem voar como eu?

Sua voz é como as ondas

Seu ódio é como o mar

Criaturas das noite

Vocês podem voar comigo?

Seremos fruto do abismo

Como suas sementes

Seremos fruto do abismo

Como seus filhos perdidos

Criaturas da noite

Vocês podem voar como eu?

Criaturas da noite

Vocês podem voar?


sábado, 23 de novembro de 2024

Versos a Um Poeta Esquecido


Quantos versos se perderam

Nos ecos do amor que tanto desejei

Os versos de amor em um dia eterno

Versos esquecidos que jamais recordarei


Este poeta morreu em uma noite de inverno

Jamais esqueça tamanha desilusão

Será o luar um choro eterno

Um fremido de verdade, em noite de verão..!



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sábado, 9 de novembro de 2024

Fantasma dos Sonhos

Nos ecos das noites mais sombrias

Passeavam meus medos, como feras silentes

Sussurros de fantasmas passados

Esquecidos, mas jamais ausentes...

 

O sonhador que fui morreu naquela noite

Sou, agora, um sopro de lembrança

Aguardo o amor, olhar de lua que morre...

Fenece com ela, minha derradeira esperança!


Aonde ocultaste, ninfa minha que amo

O sonho deste poeta tão sozinho?

Será a luz de teu olhar profano

A perdição perene do meu triste caminho?



terça-feira, 29 de outubro de 2024

Versos de Amor II

O anjo que se ocultou, 

No abismo dos seus olhos

Escreveu na Lua, o caminho até o amor

Eu o vi, naquela noite distante...

Plantar em meu coração cinzento

Sonhos teus, como estrelas, no firmamento...




domingo, 20 de outubro de 2024

Versos de Amor I

Queria Deus, o confessou o destino

Que um jovem poeta, em seu desatino

Descobrisse um tesouro de valor inefável!

(A chave secreta do seu coração...)

E veio o amor, pois, como perfume agradável

Tomado das mais belas flores - por ti tocadas

Como beijo de eternidade, unir nossas almas!

 


sábado, 28 de setembro de 2024

O Homem nas Cinzas


A face cansada repousa, inerte, voltada para um céu vazio

Dedos machucados são envolvidos pela relva serenada e fria

Jaz ali o traste de um poeta exaurido pelos ventos da noite

Trazem os anjos clementes as lufadas do fogo negro que lava as tristezas...


Atendam as preces, seres da escuridão mais profunda

Busca o poeta a paz de seus antros de esquecimento

Já é tarde para esperar, silente, o amanhecer

Já não virá o sol no longínquo firmamento


"Parte de mim morreu naquele inverno", segredou o bardo em seu delírio

As árvores do bosque escuro acalentavam aquele lamento

Cada ser vivente condoia-se ante as rimas balbuciadas

Cada flor encerrava, em suas pétalas, uma recordação, um momento...





 

 

 

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Reflexão de Uma Noite de Lua Cheia

"Estarei para sempre com você!"

Talvez já não exista alma vivente para dizê-lo a este poeta cansado

Mas a esperança sempre virá a cada lua cheia...

A cada ciclo, talvez ela esteja olhando para o céu

A minha espera

E talvez imaginando que sequer existo...

Mas Deus é bom para fazer as coisas no tempo determinado

Deus é bom para ter enviado um seu anjo em carne, ossos - e graça

Eu espero

E ela saberá que sempre estive aqui

Estarei para sempre...

 

sábado, 24 de agosto de 2024

Serei um dia...


Serei, um dia, poeta, para traduzir tua alma singular

Serei, um dia, pintor, para eternizar tua linda imagem... 


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domingo, 11 de agosto de 2024

Um Dia Após o Outro


Hoje foi um dia ruim. Mais um dos muitos que ando vivendo nos últimos meses. Talvez minha mãe tenha percebido hoje de manhã. Eu acho que ela sempre percebe, e por isso mesmo nada tenha dito. Ela sabe que eu tenho meu tempo... um tempo peculiar para entender certas coisas e para as enfrentar e me curar. Ela é umas das poucas pessoas que tem consciência da barra pesada que eu enfrentei e estou lutando para superar todos os dias. A verdade é que eu gostaria que ela são soubesse o que se passa em mim, mas ela me conhece bem e sabe que está sendo um dia ruim.

Hoje é dia dos pais, e eu lembrei do meu. Ele faleceu ano passado - fevereiro, março, não lembro bem. Eu não falava com ele há um tempo e eu recordo de como eu sentei na cama naquela madrugada e senti cada imagem na minha memória... as boas e as ruins. E a vontade de ter conversado mais com ele. Queria que ele estivesse vivo para conversarmos um pouco sobre o que aconteceu comigo nos últimos meses. Algo que senti mais do que a morte dele, talvez. Não me envergonho disso: meu pai deixou seu legado e suas lições. Espero não cometer os mesmos erros que ele. Luto todos os dias para isso. Não quero ser solitário como ele foi.

Agora está tocando algum rock country... "Broken Man", de Ole Kentucky Road, de ou algo assim. É incrível como parece que o universo arquiteta certas coisas, inclusive algumas canções compostas em certos momentos, e tocadas também em certos momentos decisivos. Ela soa e fala exatamente como eu me sinto agora. Uma mistura um pouco cruel de melancolia com uma saudade indescritível de alguém que eu sei que não existe mais. Mas ela também pode estar dizendo algo sobre a direção que eu deveria tomar agora. As lembranças ainda doem um pouco e eu deveria me policiar mais quanto a isso. Evitar certas situações, certas músicas, certos lugares. Eu acho que estou indo bem nisso. A sensação de estar sem chão sobre meus pés é cada vez tênue... a cada dia eu dou um passo a mais em direção a algo que eu não sei explicar, mas eu estou no caminho certo. Essa é uma das poucas certezas que eu tenho: Deus me deu o caminho. Vez ou outra eu pareço estar perdido, às vezes que tento parar e recalcular  a rota, mas a vereda é d'Ele... apenas os passos são meus. 

A menina que eu amei um dia já não existe mais. Não sei quem habita naquele corpo e naquela alma que eu jurei amar para sempre. Mas minha menina não mais existe. É apenas uma triste lembrança. O que ela se tornou hoje não é mais ela. E espero que não me procure mais. Meu coração, no fundo, torce para que ela volte, para que a qualquer momento ele me ligue ou me envie algum sinal de que está tudo bem e que tudo ficará bem. Mas minha alma ferida sabe que isso não vai acontecer: primeiro, porque aquela mulher me conhece bem, e sabe que minha honra e meu caráter são de ferro - o que ela fez é imperdoável. E segundo, pode ser que ela esteja bem... com outro cara e já tenha superado tudo. Meu orgulho diz, no entanto, que ela não vai me esquecer tão fácil. Mas pode ser apenas meu orgulho. Não sei. 

A única certeza que tenho é preciso me curar... o processo não está sendo fácil mas estou melhor a cada dia que passa. Preciso voltar a ser eu mesmo e parar de choramingar pelos cantos para que as outras pessoas possam me conhecer de verdade. Isso é superação. Tenho convicção de que há muita coisa boa por vir. Os piores dias já passaram... a cicatriz vai ficar, mas será apenas uma cicatriz lembrada vez ou outra para me fazer entender o caminho, o processo e me fazer aprender com os erros. 

 Hoje está sendo um dia ruim... um pouco melancólico, um pouco solitário. Mas amanhã será um dia melhor. Tenho muito o que fazer. Os caminhos de Deus escondem mistérios insondáveis. E eu descobrirei minhas respostas. O amor da minha vida está por ai, talvez eu já a conheça, talvez eu tenha uma ideia de quem seja... 

Muitas dúvidas e uma certeza. Dia ruim. Mas a certeza está ali: viva em meu peito, como um sonho.

 

Florianópolis, 12 de agosto de 2024.

 

Allan Kelvin


terça-feira, 2 de julho de 2024

O Mistério Dos Teus Olhos

O mistério dos teus olhos - sondam os anjos

E eu, que ainda não os vi, já de amor quase morri!

Sei quantas noites choraram eles por mim

Tu não me conheces, ainda...

Mas sua alma já sabe de mim

Já cantam de ti meus versos

Em certa noite, a tanto passada

Deus trouxe seu espectro aqui...

Como uma esperança derradeira

Em um confuso coração de pedra

És tu minha promessa 

O amor que não vivi!

 
 
Certa noite, guardada pelo Destino

Seu olhar cruzará comigo

E tu o saberás

Que o amor existe

Que te alcançará

Pois sempre esteve lá...

 

E naquele encontro, atire-se sem medo

Há trevas em mim, reconheço!

Mas guardam elas o caminho secreto

Do mais belo recomeço

Do nosso recomeço!


Allan Kelvin

02/07/2024


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domingo, 23 de junho de 2024

A Caminhante nas Trevas


Desvanecia-se o chão firme sob meus pés cansados

Eu vi minh'alma sustentada aos ventos da noite

Meus passos vacilavam, meus dias eram escassos

Maus sonhos  - bons outrora - tornaram-se açoites...

 

Eu chorei pelos meus sonhos atirados no abismo escuro

Já não havia caminhos possíveis - era tudo perdição

Cada vereda, cada esperança, um lamento puro

Para aquele cujo eterno amor é uma maldição...

 

"Eu amei verdadeiramente" - cicatriz no tempo 

Cada rocha dessa estrada era um momento

Que se perdeu na infinitude dos dias sem ti...

 

Retiraram meu chão seus olhos de temível desprezo

Serei eterno em minha tristeza - "não mais a reconheço"

São cinzas em mim o amor que um dia vivi...

 

Alma torpe, condenada às profundezas escuras do arrependimento

Tu sentiras o que fez em mim, em cada momento 

Deus queira que um dia um alento

A ressuscite em sua própria alma...

E sejam as noites de lua cheia o teu carma

E o nome do poeta que enlouqueceste 

Brilhará em cada estrela

E tu verás o que caminho de amor que renegou

Tua vil traição ecoará nos confins de teu espírito

E naquelas dias teu pai te lembrará 

De cada beijo meu

De cada carícia minha

Que tu abandonaste nos recantos de seu coração ambíguo

E o chão que faltar aos seus pés

A levará para longe das lembranças de mim

Das lembranças de mim...

 

 

Allan Kelvin


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sábado, 8 de junho de 2024

 Reflexões Filosóficas


Há um certo desespero poético na intangibilidade do amor verdadeiro.

terça-feira, 7 de maio de 2024

Apenas Mais Um Poema Triste

 

Atirado às pedras da solidão – seu olhar sombrio me acompanhava

Os que foram outrora doces olhos de verde-mar cheios de esperanças

Eram agora tochas de encanto perdido, que fitavam o nada…


Na noite mais escura minh’alma entrava, impelida aos escolhos

Perdida, minha bela se afastava, já não era mais parte de mim...

E minhas lágrimas apagaram tantas memórias, tantos sonhos…


Não sabias tu que arrancaria meu coração, minha alma, meus versos?

O que houve contigo, minha donzela de tantas noites e momentos de amor?

De tantas almas, não foi Deus quem nos uniu, dentre tantos tempos, no Universo?


Cada dia é uma infinitude, cada recordação uma flecha eterna e doída

Cada segundo é uma gota de tempo, um lampejo de vã esperar

É cada noite um mar de saudade, sempre fitando tua fotografia…


E a promessa de amor eterno que dez anos aos teus pés cumpri?

Tantas noites a deixei sozinha, lutando por nós, sonhando acordar ao teu lado

O que fizeste com tua pueril alma, meu amor, o que fiz eu a ti?


Lindo anjo de luz trazido por Deus

Antes fui um, depois dela outro me tornei

Impeliram-me os anjos a assim amá-la, jamais esquecerei

Seu olhar e os beijos teus… os beijos teus…

 

*Laís Elbert me deixou em 03/04/2024


08/05/2024


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terça-feira, 19 de março de 2024

A Face Oculta (soneto)


Lua – teus mistérios argênteos inundam a terra

Segregada das sombras, desperta os segredos

Tua face lívida nas noites revela

Tua alma ambígua, teu mote, teus medos!


A face iluminada de solidão nívea e profunda

Desvela em meus olhos lembranças de alguém

A face oculta beija a infinita penumbra

Como meus pensamentos vagueiam no além


Luz e tênebras, enamoradas perenes

Arremedam um coração dúbio de amor

Nas madrugadas atiçam suspiros candentes


Arrosta as trevas no infinito insondável

Minha alma, fâmula, reflete o palor

Beijam-se, no espaço, o oculto e o astro!

 

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sábado, 3 de fevereiro de 2024

Lugares Vazios

 
O assovio do vento percorreu a penumbra

A face do escuro faz-me descansar

Em lugares vazios a solidão tão profunda

Ocultou, entre os véus, a luz do luar.

 

Em lugares sombrios, de  inaudito silêncio

Fenecem as almas há muito esquecidas

Dormem amparadas nas veias do tempo

Guardam os versos que descrevem as ninfas!

 

Lugares vazios e suas veredas tortuosas

Já não sei mais quem fui e onde eu estava

E o amor que encontrei nas noites chorosas

Não se escreve com tinta, sequer com palavras! 




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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

O Portal

 

        Certa noite de verão, recordo-me bem, a janela de meu quarto permanecia aberta, transportando para o interior escuro uma tênue claridade azulada – mistura do orvalho da noite com um brilho fantasmagórico das profundezas do céu infinito. Diante da insônia que insistia em aclarar meus pensamentos singulares, pus qualquer coisa tocar no antigo aparelho de rádio empoeirado que ficava sobre o escrivaninha e voltei a deitar.

        O restante da casa estava silencioso, pelo que meu aposento parecia o último oásis de algum tipo de vida no universo: tudo o mais era trevas e silêncio perene. Quem diria, se aquele fosse o último dia da terra, as ondas de rádio tocariam algo do The Who pela eternidade e apenas eu saberia disso. A atmosfera da madrugada exalava melancolia como uma garrafa de vinho aberta. Eu estava ali, com as minhas dúvidas e apenas com elas… todo e qualquer lampejo de resposta era mais fugidio que o iluminar efêmero dos pirilampos que vez ou outra atravessavam a escuridão, como anjos perdidos e desorientados.

        Percebi, em um instante, que a janela aberta desvelava um portal para recônditos caminhos ladeados de estrelas, aquilo que os velhos poetas denominam firmamento. Não toca música lá, ouvi dizer certa vez, não há massa de oxigênio ou qualquer outro substrato por onde as ondas sonoras possam se propagar. Talvez haja absolutamente nada ou uma infinitude de universos. Ambas as perspectivas assustavam-me com igual intensidade, mas eu sempre pensava nisso. O mundo estava algo chato, as últimas fronteiras do conhecimento debruçavam-se em objetos muito pequenos ou muitos grandes e os problemas cotidianos eram um mar de lama de enfado e absoluta corrupção de tudo o que o homem chamou de virtude.

        Restava-me uma passagem aberta e acreditava que nada mais seria capaz de me causar espanto. Meus olhos semicerrados miravam a abertura escancarada: meu espírito arredio encarava, enervado, uma infinitude de questões. Senti o veneno do sono tomar meu corpo exaurido e lentamente adormeci, enquanto a lua – crescente ou minguante, nunca sei – alcançava o paroxismo no horizonte argênteo. Como um prisma, a janela dos sonhos estava entre minha alma e a entidade celeste que se elevava.

        De inopino, acordei sentindo algo estranho. Meu rosto frio tocava uma rocha gélida enquanto meu corpo era pressionado por uma brisa fremente que não parecia qualquer viração que já sentira. Abri meus olhos pesados e notei que estava deitado de bruços em gigantesca lage, sombreada por outras gigantescas pedras semelhantes a obeliscos egípcios, negros e cinzentos, que se alteavam como edifícios. No céu, estrelas davam uma sensação de estranha familiaridade, mas eu não sabia aonde estava e como fui parar ali. Não parecia qualquer lugar construído pelas intempéries milenares que erigiram os contornos da terra.

        Caminhei por angustas veredas, aterrorizado pela perspectiva que vislumbrava: eu estava sozinho, sem qualquer mantimento, em local desconhecido e que não se parecia com qualquer ambiente que já estive antes. Escrutinei os arredores e constatei somente a curiosa floresta de titânicos obeliscos plúmbeos que se assemelhavam a espinhos projetados do chão. A estranha brisa que eu senti ao acordar continuava, criando uma sinfonia de aterradores silvos graves que passeavam por entre as cavernas e reentrâncias, harmonizando-se em uma espécie de música ritualística de eras desconhecidas.

        Após angustiante e exaustiva caminhada
– não seu dizer se horas ou minutos – cheguei a uma espécie de vale onde, no centro, dentre duas montanhas formadas de obeliscos,
desenhava-se uma espécie de estrada ladeada de pequenas chamas azuis que culminavam em um portal colossal, de forma retangular que parecia elevar-se no céu limpo. Oculto pelas sombras, cheguei mais perto para observar a estranha passagem, pelo que notei que parecia uma espécie de entrada artificial para um salão comprido que acabava por perder-se nas profundezas de alguma caverna interior. Tenho calafrios até hoje só de imaginar a envergadura das criaturas capazes de transitarem por ali…

 


        Qual não foi meu espanto quanto notei sair da passagem seis homens… ou criaturas… muito altas, vestidas com hábitos pretos - semelhantes aos usados por frades – e cujos rostos estavam cobertos pela escuridão. Caminhavam três de cada lado, e todos carregavam uma espécie de cetro iluminado na ponta pela mesma luz azulada que iluminava o caminho. Da distância em que eu me ocultava, pude vê-los dirigirem-se a uma espécie de globo metálico situado no final do vale, do lado oposto da gigantesca passagem.

        A cápsula, sem qualquer ruído, elevou-se até sumir no horizonte entrecortado pelas rochas. Foi então que vislumbrei, ao apurar os olhos em direção ao céu, um astro azul ao longe.

        Despertei sobressaltado! O vento atiçava as cortinas do meu quarto e nuvens ligeiras iluminadas pelo luar bailavam no céu. Não sei se tudo foi sonho ou se aquela experiência ocorreu, mas naquela noite cerrei a janela e não mais a abro nas noites de vigília: há certas portais para o desconhecido que não devem ser abertos.