A espera à janela
Teu olhar se perde no véu da tempestade...
O que será isso em seus olhos, senão a perene saudade?
Não te importes mais, logo a noite virá
E cerúleo fulgor teu sono não despertará...
A floresta é apenas um quadro negro,
Cuja candura é entrecortada pelo ulular do vento
O que espera daquela lembrança?
“Mais um clarão, uma luz, uma derradeira esperança...”
Do calor das tuas narinas
De tua face, nesta noite, tão lívida
De tuas gélidas mãos, dolentes a descansar...
“Não , nesta noite não haverá luar...”
Descanse, lívida tão bela
Não faça das saudades uma cela
Ouve o espírito do corvo, que te fala
O sábio mistério, o caminho aclara:
“A chuva, o vento, a penumbra ou qualquer rumor...
Jamais confundirá aquele que se guia pelo Amor”.
16/09/2018
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