O que eu vi eu seus olhos
Descrevo a Deus, nas noites, sozinho
Pois és tu, o anjo de meu destino
Do sentimento eterno, o brilho...
Eu vi, em seus olhos!
O que eu vi em seus olhos
Não pode nem o tempo guardar
Pois eterno é o sonhar
Extenuante, o galgar
Além dos promontórios!
O que eu vi em seus olhos
O amor indizível, mas tão simples
Da safira, as mais belas matizes
Feitiços e a beleza de Circe
Eu vi em seus olhos!
Guardo teu sono, ansioso
Em devaneios, pelas noites tenebrosas
Contando em pranto as lentas horas
Espero o anil do amanhecer:
Teu despertar, cerúleo nascer
Que de amor faz-me morrer!