domingo, 25 de maio de 2025

Promontórios do Olhar

O que eu vi eu seus olhos 

Descrevo a Deus, nas noites, sozinho

Pois és tu, o anjo de meu destino

Do sentimento eterno, o brilho...

Eu vi, em seus olhos!

 

O que eu vi em seus olhos

Não pode nem o tempo guardar

Pois eterno é o sonhar

Extenuante, o galgar

Além dos promontórios!

 

O que eu vi em seus olhos

O amor indizível, mas tão simples

Da safira, as mais belas matizes

Feitiços e a beleza de Circe

Eu vi em seus olhos!

 

Guardo teu sono, ansioso

Em devaneios, pelas noites tenebrosas

Contando em pranto as lentas horas

 Espero o anil do amanhecer:

Teu despertar, cerúleo nascer

Que de amor faz-me morrer!

 

 

 



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sábado, 3 de maio de 2025

Eu vejo as estrelas sob seus olhos sombrios

Se elas cantassem agora, tu serias minha fé ilusória

Faça-me crer na eternidade de teus caminhos

Faça-me acreditar em sua última glória

 

Guardei as cinzas de uma esperança doentia

Das lembranças que queimaram em mim

Tantas dores guiam-me nas trilhas

Que nas trevas eu despertei após o meu fim...



Sou apenas a última parte ceifada

Daquele campo de sonhos infindáveis

A sua alma, hoje despedaçada

Outrora foi a mais amada

A mais amada...


 
 
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