Atirado às pedras da solidão – seu olhar sombrio me acompanhava
Os que foram outrora doces olhos de verde-mar cheios de esperanças
Eram agora tochas de encanto perdido, que fitavam o nada…
Na noite mais escura minh’alma entrava, impelida aos escolhos
Perdida, minha bela se afastava, já não era mais parte de mim...
E minhas lágrimas apagaram tantas memórias, tantos sonhos…
Não sabias tu que arrancaria meu coração, minha alma, meus versos?
O que houve contigo, minha donzela de tantas noites e momentos de amor?
De tantas almas, não foi Deus quem nos uniu, dentre tantos tempos, no Universo?
Cada dia é uma infinitude, cada recordação uma flecha eterna e doída
Cada segundo é uma gota de tempo, um lampejo de vã esperar
É cada noite um mar de saudade, sempre fitando tua fotografia…
E a promessa de amor eterno que dez anos aos teus pés cumpri?
Tantas noites a deixei sozinha, lutando por nós, sonhando acordar ao teu lado
O que fizeste com tua pueril alma, meu amor, o que fiz eu a ti?
Lindo anjo de luz trazido por Deus
Antes fui um, depois dela outro me tornei
Impeliram-me os anjos a assim amá-la, jamais esquecerei
Seu olhar e os beijos teus… os beijos teus…
*Laís Elbert me deixou em 03/04/2024
08/05/2024
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