Sonho Selenita (Soneto)
Em vales escuros vagueia minha alma
Procurando por folhas de outonos passados
Cada lembrança que o vento espalha
É um sentimento ferido, um lume apagado
Em um sonho selenita, o caminho é cinzento
Como versos tristes à luz do luar...
São palavras as âncoras do meu alento
São asas, que não fazem voar...
Lua, meu Círio das noites encantadas
Guarda os prantos das nínfas
Se as fiz chorar nas madrugadas!
Estrelas, guardiãs atentas do silêncio
Iluminem minhas veredas
Pelos vales escuros do Tempo!
***
_____________________________________________________________________________________