segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

 

Ela se oculta nas sombras das eras

Sua voz -  doce, de harpa - recôndita, ressoa...

 

És o sonho dos poetas

Dos querubins, a envenenada flecha

És a verve dos versos esquecidos

Bardos mortos - seu séquito, seus filhos


Musa , te ocultas da vã realidade

Mas fazes meu sonho, verdade 

Cantantes solitários penaram acordar

Nos sonhos é deusa - a amante do luar

 

O regozijo de tua torpeza

És diáfana, tão nívea - de inefável beleza

Sabe que és a perdição do andante

Que nas noites procura, seu cândido semblante


Tão tênue, entenebrecida nas inconstâncias

Entidade esquecida, as estrelas arremedam sua beleza...

 

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